sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Lembra quando a gente se via escondido, quando a gente fazia planos, ria um do outro, queria aproveitar o máximo do tempo, não conseguia se largar. Achava que as coisas eram pra sempre e que as pessoas não mentiam... Lembra das promessas? Aquelas que hoje a gente acorda e vê que não poderão ser cumpridas, que na verdade, nunca iriam ser. Éramos dois idiotas sonhando, que hoje acordamos pra vida e percebemos como as pessoas mentem. Mas dois idiotas apaixonados, que o motivo do sorriso no rosto, era poder ver todo dia a carinha um do outro, de felicidade, por ainda poder estar juntos, por se amarem, por acharem que as coisas podem ser perfeitas.Mas nada é perfeito. Quando se tem tudo, você tem tudo a perder. Você vive a vida inteira tendo que fazer escolhas. Feliz daquele que nunca amou, ou não.Chega uma hora em que você passa a sentir um vazio dentro de ti, você não se controla, as lágrimas rolam pelo teu rosto, incontrolavelmente, só resta a você agora, se lamentar. Se lamentar pelo tempo perdido, pelos bons momentos deixados para trás, por aquele ‘te amo’ que você não quis falar. Por aquele abraço mais apertado, por aquele bom dia bem alegre, por aquela caminhada vendo o pôr-do-sol.Você sente-se mal, por não ter feito tudo que queria fazer, mas você não sabia, nunca soube que aquele seria o ultimo momento, o ultimo beijo, a última despedida, o último abraço, o ultimo te amo, ou talvez o ultimo te amo, nem tinha sido no ultimo momento, pois você não sabia o que estava para acontecer, e perdeu a chance de dizer no ultimo encontro.Se a gente soubesse que era o ultimo dia, com certeza, as coisas seriam diferentes... teria abraçado aquele alguém mais, teria dado o melhor beijo, faria o melhor carinho, diria as melhores coisas, não soltaria por um minuto se quer, tentaria mostrar que todo ultimo momento é pouco. E que aquilo que antes era apenas um dia a mais junto, se tornou único. Qualquer minuto a mais seria bastante, mesmo sendo tão pouco, tão insuficiente.


nao preciso falar mais nada.